Embaixador da Palestina: 'Para mim, ativistas foram sequestrados em navio'
O embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, disse acreditar que o navio "Madleen", no qual viajavam vários ativistas e um jornalista, foi sequestrado em alto mar. A declaração ocorreu durante entrevista ao UOL News, do Canal UOL.
Até agora, a gente não tem nenhuma informação concreta sobre o paradeiro deles [ativistas]. Para mim, eles não foram interceptados, eles foram sequestrados em alto mar, em águas internacionais. Ibrahim Alzeben, embaixador da Palestina no Brasil
Segundo a agência de notícias AFP, a Marinha israelense interceptou e desviou a embarcação onde viajavam vários ativistas —incluindo a ambientalista sueca Greta Thunberg— com ajuda destinada à Faixa de Gaza e que tentava chegar ao território palestino.
Doze ativistas de vários países (França, Alemanha, Brasil, Turquia, Suécia, Espanha e Países Baixos) viajavam no 'Madleen', que pretendia "romper o bloqueio israelense" ao território palestino. A região enfrenta uma situação humanitária catastrófica após mais de um ano e meio de guerra.
São 11 ativistas e um jornalista da Al Jazeera [canal de notícias financiado pelo governo do Catar] e realmente exigimos, conjuntamente com toda a comunidade internacional, o próprio Itamaraty, a libertação imediata deles.
Eles foram como ativistas, com uma ajuda humanitária a um povo totalmente que está ando fome, que está morrendo de fome, além de ter ado e está ando por um genocídio ao longo de 611 dias. Ibrahim Alzeben, embaixador da Palestina no Brasil
Ao Canal UOL, o embaixador lamentou ainda o fato de manifestações vindas do mundo inteiro ainda não serem capazes de deter a ação militar de Israel.
De toda maneira, é uma forma criativa para tratar de romper este cerco contra a Faixa de Gaza e de pôr fim a 611 dias de genocídio, um povo de 2,2 milhões de habitantes que estão ando fome, aqueles que não conseguem enxergar — e por que não querem enxergar a tragédia que está ando o povo palestino dentro da faixa de guerra, inclusive na própria Cisjordânia.
Nos agradecemos a estes ativistas e a todos os anteriores que tentaram derrubar esse cerco [de Israel]. O mundo está vivendo diariamente essa tragédia. Mas, lamentavelmente, nem mesmo os comunicados e as manifestações de todas as ruas do mundo conseguem convencer a Israel de respeitar o direito internacional. Ibrahim Alzeben, embaixador da Palestina no Brasil
Mariana: 'crise em Los Angeles é muito bem-vinda para Trump'
No UOL News, a colunista Mariana Sanches afirmou que a escalada de tensão em Los Angeles (EUA), que vive dias de confrontos violentos entre manifestantes e autoridades, pode ser classificada como "crise muito bem-vinda" para o presidente americano, Donald Trump.
É uma crise enorme e muito bem-vinda para o presidente Donald Trump, porque, menos de 24 horas antes da tensão em Los Angeles começar e escalar, o que a gente via era o mais rumoroso rompimento entre aliados que Washington viu nas últimas décadas. Mariana Sanches, colunista do UOL
Os distúrbios começaram no fim de semana na região de Los Angeles entre imigrantes e as forças de ordem. Os manifestantes foram às ruas em protesto contra a política imigratória de Trump. A Casa Branca reagiu de forma polêmica e anunciou o envio de 2 mil soldados para a Califórnia.
Além dos milhares de soldados, Washington anunciou que 500 fuzileiros navais estavam de prontidão e poderiam ser enviados para a região, o que seria um gesto sem precedentes. O governador do Estado, Gavin Newsom, chamou o movimento de uma "crise fabricada" por parte de Trump e com o objetivo político e militar de impedir a ação de estados e da oposição.
A crise em Los Angeles eclodiu dois dias depois do rompimento entre o presidente e o bilionário Elon Musk, seu ex-aliado. Ambos iniciaram um embate público na última terça-feira (3), quando o dono do X chamou o novo orçamento do republicano de "abominação repugnante". Trump então rebateu dizendo que pediu para Musk deixar o governo e o chamou de louco em uma publicação.
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