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Reino Unido sanciona ministros israelenses de extrema-direita por comentários sobre Gaza

Itamar Ben Gvir, ministro da Segurança Nacional, em visita ao assentamento judaico de Maalé Adumin, na Cisjordânia - AHMAD GHARABLI / AFP
Itamar Ben Gvir, ministro da Segurança Nacional, em visita ao assentamento judaico de Maalé Adumin, na Cisjordânia Imagem: AHMAD GHARABLI / AFP

Elizabeth Piper;Sachin Ravikumar;

Reuters

10/06/2025 11h38Atualizada em 10/06/2025 15h46

O Reino Unido e outros aliados impam sanções a dois ministros israelenses de extrema-direita, Itamar Ben-Gvir e Bezalel Smotrich, nesta terça-feira, por "seus repetidos incitamentos de violência contra as comunidades palestinas", informou o Ministério das Relações Exteriores britânico.

Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Noruega juntaram-se ao Reino Unido no congelamento de bens e na imposição de proibições de viagem ao ministro da Segurança Nacional de Israel Ben-Gvir — um colono da Cisjordânia — e ao ministro das Finanças Smotrich.

"Itamar Ben-Gvir e Bezalel Smotrich incitaram a violência extremista e graves abusos dos direitos humanos palestinos. Essas ações não são aceitáveis", disse o ministro britânico das Relações Exteriores, David Lammy, juntamente com os ministros das Relações Exteriores de Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Noruega em uma declaração conjunta.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, disse que a medida foi "ultrajante" e que o governo realizaria uma reunião especial no início da próxima semana para decidir como responder à "decisão inaceitável".

Smotrich, ao discursar na inauguração de um novo assentamento nas Colinas do Hebron, falou em "desprezo" pela decisão britânica.

"O Reino Unido já tentou uma vez nos impedir de estabelecer o berço de nossa pátria, e não podemos deixar isso novamente. Estamos determinados, se Deus quiser, a continuar construindo."

O Reino Unido, assim como outros países europeus, tem aumentado a pressão sobre o governo do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu para acabar com o bloqueio à ajuda a Gaza, onde especialistas internacionais afirmam que a fome é iminente.

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