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Zimbábue proibirá exportações de lítio para impulsionar o refino doméstico

11/06/2025 14h21

O Zimbábue proibirá a exportação de concentrados de lítio a partir de 2027, na tentativa de impulsionar o refino local deste mineral essencial para novas tecnologias. 

"A partir de janeiro de 2027, a exportação de concentrados de lítio não será mais autorizada", anunciou o governo em um comunicado após uma reunião na terça-feira. 

A exportação de minério de lítio bruto já está proibida desde 2022. 

Com as maiores reservas de lítio na África e exportando principalmente para a China, o Zimbábue é um participante importante na corrida global para obter os minerais essenciais para a fabricação de baterias para diversos usos, incluindo veículos elétricos. 

Segundo o comunicado do governo, duas empresas, a Bikita Minerals e a Arcadia Lithium, estão criando "instalações de refino" de lítio.

Como o valor agregado do mineral aumenta após o refino, o Centro de Gestão de Recursos, um grupo de pesquisa e defesa de comunidades afetadas pelas atividades de mineração, com sede em Harare, afirmou que os esforços do governo para aumentar a renda com o lítio são "muito pequenos ou muito tardios". 

O ano "2027 ainda está muito longe, dado o ritmo da extração e a volatilidade dos preços do lítio no mercado global", afirmou o Centro em um comunicado nesta quarta-feira. 

Até lá, milhões de toneladas terão sido exportadas, "enriquecendo" estruturas no exterior e afetando "nossas perspectivas de desenvolvimento econômico sustentável".

lhd/br/kjm/abx/eb/eg/mb/aa

© Agence -Presse

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