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Motta bloqueia salário e verba de gabinete de Zambelli após ordem do STF

A deputada Carla Zambelli durante entrevista na sede do PL em São Paulo em maio - Felipe Rau  - 15.mai.2025/Estadão Conteúdo
A deputada Carla Zambelli durante entrevista na sede do PL em São Paulo em maio Imagem: Felipe Rau - 15.mai.2025/Estadão Conteúdo
do UOL

Do UOL, em Brasília

12/06/2025 13h55Atualizada em 12/06/2025 13h55

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), bloqueou o salário e as verbas de gabinete da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), condenada por invadir os sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e que está foragida na Itália.

O que aconteceu

Motta enviou ofício ao Supremo Tribunal Federal confirmando o cumprimento da decisão. O bloqueio de verbas da deputada foi uma das medidas impostas pelo ministro Alexandre de Moraes após ela deixar o Brasil. Na ocasião, ela já havia sido condenada a dez anos de prisão pelo STF, mas ainda aguardava a análise de alguns recursos, o que foi concluído na semana ada.

Moraes determinou bloqueio de salário e de "quaisquer outras verbas" da Câmara para a deputada. O objetivo é que dinheiro seja usado para quitar a multa judicial. Ela foi condenada a pagar R$ 2 milhões de indenização por danos morais e coletivos.

Além dos bloqueios, o STF determinou a perda imediata do mandato da deputada. Na semana ada, a Primeira Turma do STF rejeitou por unanimidade um recurso da deputada para reverter a condenação. A pena agora pode ar a ser cumprida.

Hugo Motta contrariou entendimento do STF e decidiu submeter a cassação ao plenário. O presidente da Câmara enviou o caso nesta manhã para ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça da Casa e indicou que a votação da cassação de Zambelli será decidida pelo plenário da Câmara dos Deputados. Não há data ainda para isso acontecer.

Na segunda, o presidente da Câmara havia dito que a própria Mesa Diretora da Casa decretaria a perda do mandato de Zambelli, sem ar pelo plenário. "Decisão judicial se cumpre", declarou Motta na ocasião.

Moraes decretou sua prisão preventiva. Também determinou a inclusão dela na lista de difusão vermelha da Interpol para a extradição. O nome já consta no rol de foragidos internacionais e, a partir de agora, ela pode ser presa.

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