Os piores acidentes aéreos dos últimos anos
A queda de um avião da Air India matou mais de pessoas nesta quinta-feira (12/06). A bordo da aeronave estavam 230 ageiros, 10 tripulantes e dois pilotos, que, segundo a companhia, eram indianos, britânicos e portugueses, além de um canadense. Entre as vítimas há ainda pessoas que estavam na zona residencial atingida pela queda.
O Boeing 787-8 Dreamliner, voo AI-171, partiu de Ahmedabad, no oeste indiano, com destino ao aeroporto de Gatwick, em Londres, no Reino Unido, e caiu poucos minutos após a decolagem.
O avião é considerado um dos meios de transporte mais seguros do mundo, mas, quando há um acidente, o número de sobreviventes costuma ser baixo.
Exemplo disso é a colisão ocorrida em 27 de março de 1977, quando um Boeing 747 da KLM colidiu com um Jumbo da PanAm na pista do aeroporto de Los Rodeos, em Tenerife, Espanha, depois de ambos terem sido desviados para o local devido a um ataque a bomba no aeroporto de Las Palmas, nas Ilhas Canárias. A explosão matou 583 pessoas, na maior tragédia da história da aviação.
Relembre alguns dos piores acidentes da aviação comercial nos últimos anos.
2025
Estados Unidos: Mais de 60 pessoas morreram quando um avião comercial colidiu com um helicóptero Black Hawk do Exército em 29 de janeiro e caiu no Rio Potomac, perto do Aeroporto Nacional Ronald Reagan, em Washington.
O voo 5342 da American Eagle, uma subsidiária regional da American Airlines, se aproximava do aeroporto, vindo de Wichita, Kansas, quando, às 20h48min (horário local), colidiu com o helicóptero militar, que fazia um exercício de treinamento noturno com três soldados, que também morreram.
2024
Coreia do Sul: O voo internacional 7C2216 da Jeju Air explodiu no Aeroporto Internacional de Muan em 29 de dezembro de 2024, matando todos os 175 ageiros e quatro dos seis tripulantes. Esse é o mais mortal desastre aéreo já ocorrido em solo sul-coreano.
O avião havia partido da capital da Tailândia, Bangcoc, com destino a Muan, no sul da Coreia do Sul, e teria tentado um pouso forçado. Após o fracasso na primeira tentativa devido a uma falha no trem de pouso, a aeronave não conseguiu reduzir a velocidade até chegar ao fim da pista, bateu contra o muro do aeroporto e explodiu.
Cazaquistão: O voo J2-8243 da Azerbaijan Airlines caiu em 25 de dezembro de 2024 após ser desviado da Rússia para o Cazaquistão, matando 38 pessoas - 29 sobreviveram, com vários feridos saindo de uma parte intacta da fuselagem.
O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, disse que o avião - um Embraer 190, de fabricação brasileira - havia sido danificado por tiros acidentais disparados a partir de solo russo.
Japão: Um avião da Japan Airlines (JAL) colidiu com uma pequena aeronave da Guarda Costeira na pista do aeroporto de Haneda, em Tóquio, no dia 2 de janeiro de 2024. Todas as 379 pessoas a bordo do Airbus A350-941 escaparam das chamas. Cinco dos seis tripulantes da aeronave menor morreram.
A JAL afirmou que o incêndio foi provavelmente causado pela colisão, logo depois da aterrissagem, entre o avião de ageiros e a outra aeronave, que pegou fogo após uma explosão e acabou sendo destruída pelas chamas.
2023
Nepal: Um avião bimotor ATR 72 da Yeti Airlines caiu perto do aeroporto internacional da cidade de Pokhara, quando fazia a aproximação final de pouso, em 15 de janeiro de 2023, após ter decolado da capital Katmandu, matando todas as 72 pessoas a bordo.
2022
China: O Boeing 737-800 da China Eastern Airlines caiu numa zona rural perto da cidade de Wuzhou, na região de Guangxi, no sudeste do país, e provocou um incêndio numa área montanhosa.
O acidente, em 21 de março de 2022, matou todas as 132 pessoas a bordo e é considerado o pior desastre aéreo da China nos últimos 30 anos.
O voo MU 5735 havia decolado pouco depois das 13h (hora local) da cidade de Kunming, na província de Yunnan, no sul do país, com destino a Cantão (Guangzhou), e deveria durar uma hora e 40 minutos.
2020
Irã: A Guarda Revolucionária do Irã abateu um Boeing 737-800 da Ukraine International Airlines (UIA) em 8 de janeiro de 2020, logo após a decolagem do aeroporto de Teerã, matando todas as 176 pessoas a bordo.
O órgão de aviação civil do Irã culpou um radar desalinhado e um erro de um operador de defesa aérea.
2019
Etiópia: Um Boeing 737-MAX 8 da Ethiopian Airlines caiu em 19 de março de 2019, minutos após a decolagem de Adis Abeba, capital da Etiópia, com destino a Nairóbi, no Quênia, matando todas as 157 pessoas a bordo.
Devido a esse acidente, a frota global do Boeing 737 MAX foi suspensa por causa de preocupações com a segurança das aeronaves.
2018
Indonésia: Um Boeing 737 Max 8 com 189 pessoas a bordo caiu no mar de Java em 29 de outubro de 2018. O voo JT 610, da companhia local de baixo custo Lion Air, desapareceu dos radares 13 minutos depois de decolar do aeroporto de Jacarta, às 6h20min (horário local), com destino a Pangkal Pinang.
O piloto havia solicitado o regresso ao aeroporto. Na aeronave, viajavam 181 ageiros - entre eles três crianças - e oito tripulantes - dois pilotos e seis auxiliares de voo.
2014
Ucrânia: O voo MH17 da Malaysia Airlines partiu de Amsterdã com destino a Kuala Lumpur em 17 de julho de 2014 e foi abatido por um sistema russo antiaéreo terra-ar Buk sobre a região de Donetsk, no leste da Ucrânia, matando 298 pessoas, incluindo 196 holandeses, 38 australianos e quatro alemães.
As investigações internacionais lideradas pela Organização da Aviação Civil Internacional (Oaci) apontam que o sistema Buk havia sido levado de uma base militar russa do outro lado da fronteira para o leste da Ucrânia e transportado de volta ao território russo após a queda.
Malásia: Em 8 de março do mesmo ano, o Boeing 777 desapareceu a caminho de Pequim, após partir de Kuala Lumpur, e os restos mortais das 239 pessoas a bordo nunca foram encontrados.
O desaparecimento do voo MH370 já havia desencadeado a maior busca da história da aviação à época do incidente. Os esforços duraram até 2018, quando um relatório indicou que o avião abandonou sua rota inicial. As buscas foram retomadas em fevereiro de 2025.
A maior evidência física encontrada até o momento foi um pedaço da asa que apareceu em uma ilha próxima a Madagascar 16 meses após o sumiço da aeronave.