X recorre contra decisão de Moraes que suspendeu perfis de Zambelli

O X recorreu nesta manhã da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que mandou suspender as contas das deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) na plataforma.
O que aconteceu
X questionou a decisão após cumpri-la. No recurso, a empresa pede que a decisão seja revista e alega que a suspensão deveria se limitar a conteúdos ilícitos ou então que deveria ser dado um prazo limite de suspensão.
Postura da empresa se assemelha à de outras big techs. Como revelou o UOL, o Google já usou argumentos semelhantes no ano ado.
Bloqueio de redes foi solicitado pelo STF
Decisão de Moraes determinou às empresas que gerenciam redes sociais o bloqueio dos perfis usados pela deputada. Ele solicitou a Gettr, Meta, Linkedin, TikTok, X, Telegram e YouTube que bloqueiem canais ligados à deputada —sob multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento.
Moraes também determinou que as empresas forneçam os dados cadastrais das contas à Corte. Além disso, mandou que haja "integral preservação do conteúdo" divulgado nas redes. A multa diária a Zambelli é de R$ 50 mil caso ela faça postagens em suas redes sociais ou nas de terceiros "que reiterem condutas criminosas".
Zambelli transferiu redes para mãe
Ministro cita na decisão fala da parlamentar dizendo ter transferido as redes sociais para sua mãe. Antes de anunciar sua fuga do Brasil, a deputada afirmou que ou o controle das redes a Rita Zambelli, como forma de evitar que elas fossem derrubadas.
Em nota, Zambelli afirmou que as medidas de Moraes são um ataque aos familiares dela. "[Moraes] mandou também bloquear as contas da minha mãe, Rita Zambelli, que é pré-candidata a deputada federal", disse. A deputada também chamou de "ilegal" e "autoritária" a ordem do ministro para prendê-la.
Parlamentar disse que poderia ser "silenciada". "Fiz essa transferência porque, caso se confirme minha inelegibilidade, já há o risco real de que tentem me silenciar", afirmou.