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Trump anuncia acordo: China fornece terras raras, EUA aceitam estudantes

Do UOL

11/06/2025 09h26

O presidente Donald Trump anunciou hoje nas redes sociais que o acordo comercial com a China foi fechado depois de dois dias de negociações entre as delegações dos países em Londres. Ainda é necessária a aprovação final do próprio Trump e do presidente chinês, Xi Jinping.

O que aconteceu

Trump explicou em um post na sua rede Truth Social que, pelo acordo, a China vai fornecer ímãs e terras raras aos EUA. Os EUA, por sua vez, permitirão que estudantes chineses estudem em instituições de ensino americanas. Autoridades chinesas ainda não comentaram o assunto.

Ontem, em Londres, as delegações anunciaram que haviam chegado a um acordo. O tratado, segundo elas, referenda o consenso a que os dois países haviam chegado em reuniões em Genebra no mês ado.

Terras raras são um conjunto de 17 elementos químicos usados na fabricação de produtos tecnológicos de ponta. Exemplos de produtos que os utilizam são carros elétricos, drones, smartphones, telas de plasma para TVs, dispositivos robóticos, discos rígidos e lentes de telescópio. A China concentra a maior quantidade desses elementos no mundo: 44 milhões de toneladas dos mais de 110 milhões de toneladas que se estima existirem no mundo.

No final de maio, o secretário de Estado Marco Rubio disse que os EUA pretendiam revogar "agressivamente" os vistos para estudantes chineses ligados ao Partido Comunista. Nenhuma medida foi tomada até agora, no entanto.

Trump mencionou ainda como ficaram as tarifas comerciais aplicadas entre os dois países. "Estamos recebendo um total de 55% de tarifas, a China está recebendo 10%. A relação é excelente!", completou o presidente, sem dar maiores detalhes.

Uma autoridade da Casa Branca explicou à agência de notícias Reuters que a tarifa de 55% é uma combinação de taxas. Do total, 10% correspondem à chamada "tarifa "recíproca" — que vale inclusive para o Brasil —; outros 20% são uma "punição" pelo tráfico de fentanil, e 25% correspondem a taxas pré-existentes, impostas no primeiro mandato de Trump sobre alguns produtos chineses.

'Tarifaço' de Trump

Em 2 de abril, Trump anunciou um "tarifaço" sobre dezenas de países, entre eles o Brasil, taxado em 10%. Porém, uma semana depois, ele anunciou uma pausa de 90 dias na aplicação das tarifas, exceto para a China.

Após "tarifaço", EUA e China aram a elevar tarifas de importação de forma recíproca. Trump impôs tarifas adicionais de 145% sobre uma série de produtos importados da China. Já Pequim respondeu com sobretaxas de 125% sobre produtos dos Estados Unidos. Diante da instabilidade gerada na economia mundial, os dois países iniciaram negociações, o que ficou conhecido como "pacto de Genebra".

No Pacto de Genebra, acordado em maio, Estados Unidos e a China concordaram em suspender a maioria das tarifas por 90 dias. Na época, Jamieson Greer, representante de Comércio dos EUA, afirmou que os EUA concordaram em reduzir sua tarifa de 145% sobre produtos chineses em 115 pontos porcentuais, para 30%, enquanto a China concordou em fazer o mesmo com suas tarifas sobre produtos americanos, reduzindo para 10%.

Em 25 de maio, Trump recuou mais uma vez. Ele se reuniu com a presidente da Comissão Europeia, Úrsula Von der Leyen, e prorrogou a pausa nas tarifas sobre a União Europeia até 9 de julho.

No começo de junho, o presidente dos EUA acusou a China de descumprir o Pacto de Genebra. Pequim negou que tenha feito isso e disse que as declarações eram "infundadas". O Ministério do Comércio chinês disse que o país asiático implementou e manteve ativamente o acordo alcançado no mês ado em Genebra, enquanto os EUA introduziram várias medidas "restritivas discriminatórias" contra a China. Entre eles estava a revogação de vistos para estudantes chineses.

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