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Musk chama novo orçamento de Trump de 'abominação repugnante'

do UOL

Do UOL, em São Paulo

03/06/2025 15h52Atualizada em 04/06/2025 09h15

Elon Musk chamou hoje de "abominação repugnante" o megaprojeto de lei orçamentária que o presidente dos EUA, Donald Trump, está promovendo no Congresso do país.

O que aconteceu

Bilionário fez desabafo em sua rede social, o X. "Desculpe, mas não aguento mais isso. Esse projeto de lei de gastos do Congresso, enorme, escandaloso e eleitoreiro, é uma abominação repugnante. Os que votaram a favor deveriam sentir vergonha: sabem que fizeram errado. Eles sabem". A manifestação ocorreu dias após deixar de ser um dos conselheiros mais próximos do republicano.

Projeto orçamentário é eixo central da agenda política interna de Trump. A proposta reduz drasticamente o orçamento para financiar uma extensão de seus cortes de impostos de 2017.

Críticos afirmam que cortes privarão os mais pobres de cobertura de saúde. A proposta inclui um imposto às remessas de 3,5%. Seria aplicado a 40 milhões de pessoas, entre titulares de vistos de residência, trabalhadores temporários e imigrantes em situação irregular, calcula o Centro para o Desenvolvimento Global.

Isso pode reduzir remessas enviadas através dos bancos e operadores de transferências, como Western Union. Os imigrantes enviariam menos e alguns poderiam deixar de enviar qualquer quantia ou recorrer a métodos informais e menos seguros.

Discussão no Senado

Republicanos moderados são relutantes a grandes cortes de gastos. Os mais conservadores do ponto de vista fiscal consideram o projeto uma bomba-relógio da dívida.

Senador republicano Ron Johnson criticou projeto à CNN: "Temos (opositores) suficientes para deter o processo até que o presidente leve a sério a redução do gasto e do déficit".

Apoio dos democratas não é necessário se republicanos mantiverem frente unida. Ainda assim, eles denunciam que os cortes fiscais beneficiam sobretudo os ricos às custas de uma classe trabalhadora que já lida com preços altos.

Casa Branca avalia que projeto estimulará crescimento econômico. Porém, análises independentes chegaram à conclusão de que, até mesmo levando em conta o crescimento, o projeto acrescentará 2,5 e 3,1 trilhões de dólares (R$ 14,2 e R$ 17,6 trilhões) aos déficits da próxima década.

(Com AFP)

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