Papa Leão critica movimentos nacionalistas em missa de domingo
Por Joshua McElwee
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Leão 14 criticou neste domingo o surgimento de movimentos políticos nacionalistas, lamentando sua existência, mas sem nomear um país ou líder nacional específico.
Leão, o primeiro papa norte-americano, pediu durante uma missa com uma multidão de dezenas de milhares de pessoas na Praça de São Pedro que Deus "abra as fronteiras, derrube os muros (e) dissipe o ódio".
"Não há espaço para o preconceito, para zonas de 'segurança' que nos separam de nossos vizinhos, para a mentalidade excludente que, infelizmente, agora vemos emergir também nos nacionalismos políticos", disse o pontífice.
O ex-cardeal Robert Prevost foi eleito em 8 de maio para suceder o falecido papa Francisco como líder da Igreja Católica.
Antes de se tornar pontífice, Prevost não tinha vergonha de criticar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, compartilhando inúmeras publicações de desaprovação sobre Trump e o vice-presidente JD Vance no X nos últimos anos.
O Vaticano não confirmou a propriedade do novo papa sobre a conta X, que tinha o nome @drprevost e foi desativada após a eleição de Leão.
Francisco, papa por 12 anos, foi um crítico ferrenho de Trump. O falecido papa disse em janeiro que o plano do presidente de deportar milhões de migrantes nos EUA durante seu segundo mandato era uma "desgraça".
Anteriormente, Francisco disse que Trump "não é cristão" por conta de suas opiniões sobre imigração.
"Uma pessoa que pensa apenas em construir muros, onde quer que eles estejam, e não em construir pontes, não é cristã", disse Francisco quando perguntado sobre Trump em 2016.