Insurgentes invadem base em Mali e matam dezenas de soldados, segundo fontes
BAMAKO (Reuters) - Um grupo rebelde ligado à Al Qaeda que atua na região do Sahel, na África Ocidental, reivindicou a responsabilidade por um ataque a uma base militar em Mali, no domingo, que, segundo duas fontes, matou mais de 30 soldados.
Mais de 400 soldados teriam sido mortos por insurgentes desde o início de maio em bases e cidades de Mali, Níger e Burkina Faso, uma região instável e propensa a golpes de Estado.
O grupo jihadista, Jama'a Nusrat ul-Islam wa al-Muslimin (JNIM), disse em um comunicado no domingo que havia tomado a base em Boulkessi, no centro de Mali, perto da fronteira com Burkina Faso.
O Exército do Mali disse que foi forçado a recuar. "Muitos homens lutaram, alguns até o último suspiro, para defender a nação do Mali", informou em nota, sem divulgar o número de vítimas.
Um porta-voz não respondeu a uma pergunta sobre o número de mortos, mas duas fontes de segurança disseram que mais de 30 soldados morreram.
Uma fonte municipal em Mondoro, perto da base, afirmou que os insurgentes "limparam o acampamento" e que havia muitos mortos.
Vídeos compartilhados online mostraram dezenas de insurgentes invadindo a base. Um deles mostrava militantes pisando nos corpos de soldados que haviam caído entre sacos de areia. A Reuters não conseguiu autenticar imediatamente os vídeos.
O JNIM reivindicou a responsabilidade por uma série de ataques recentes na região.
Mali, Burkina Faso e Níger são todos governados por juntas que tomaram o poder entre 2020 e 2023, citando a incapacidade dos governos civis de acabar com as insurgências jihadistas.
Todos cortaram os laços com as nações ocidentais e recorreram à Rússia para obter apoio militar, mas ainda estão lutando para conter a violência que deslocou milhões de pessoas.
(Reportagem da redação do Mali)