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Itamaraty confirma volta ao Brasil de ativista detido em Israel

O ativista Thiago Ávila foi deportado - Reprodução/X
O ativista Thiago Ávila foi deportado Imagem: Reprodução/X
do UOL

Do UOL, em São Paulo

12/06/2025 22h06Atualizada em 13/06/2025 06h47

O Itamaraty confirmou na noite de hoje a libertação e o retorno ao Brasil do ativista Thiago Ávila, detido em Israel após tentar furar um bloqueio para enviar ajuda humanitária à Faixa de Gaza.

O que aconteceu

O ministério disse que comunicava a libertação do ativista "com satisfação". Segundo a pasta, Thiago embarcou em voo comercial em direção a Madri, na Espanha, às 16h05 (horário local). Após descer em território espanhol, a expectativa é que ele pegue um voo de conexão em direção ao Brasil.

Itamaraty destacou que atuou para garantir a segurança e integridade física do brasileiro desde a interceptação do veleiro que ele estava. Também informou que manteve contato com os familiares de Thiago para informá-los sobre sua condição de saúde e das possibilidades de retorno ao território nacional. O ativista fez greve de fome.

Thiago estava em um barco ao lado de outros 11 ativistas, entre os quais Greta Thunberg, que levou ajuda humanitária à Gaza. Os 12 ativistas foram apreendidos pelas forças israelenses. Parte deles foi deportada, mas outros permaneceram presos: dois ses e cidadãos de Brasil, Alemanha, Países Baixos e Turquia. O brasileiro chegou a ser colocado em uma solitária.

Em uma postagem irônica, o Ministério das Relações Exteriores de Israel comunicou a deportação dos seis ativistas que ainda estavam presos. "Outros seis ageiros do 'iate dos selfies', entre eles Rima Hassan, estão prestes a sair de Israel. Até logo e não se esqueçam de tirar um selfie antes de partir".

Israel proibiu os 12 ativistas de retornarem ao seu território, mas a defesa alega que a prisão foi ilegal. Segundo a Coalizão da Flotilha da Liberdade, as detenções são arbitrárias e a interceptação do barco dos ativistas não está dentro da lei, já que aquela era uma missão humanitária e que bloquear ajuda humanitária é um crime de guerra.

O estado judeu é pressionado para permitir a entrada de mais ajuda em Gaza, onde as Nações Unidas advertiram que toda a população de mais de dois milhões de pessoas está correndo risco de fome.

Barco foi interceptado no mar

9.jun.2025 - Greta Thunberg e o ativista brasileiro Thiago Ávila desembarcam do 'Madleen' no porto de Ashdod após interceptação de Israel - Reprodução/Ministério das Relações Exteriores de Israel - Reprodução/Ministério das Relações Exteriores de Israel
9.jun.2025 - Greta Thunberg e o ativista brasileiro Thiago Ávila desembarcam do 'Madleen' no porto de Ashdod após interceptação de Israel
Imagem: Reprodução/Ministério das Relações Exteriores de Israel

Thiago Ávila foi detido por Israel ao tentar furar o bloqueio à Faixa de Gaza a bordo do barco Madleen, interceptado em águas internacionais. A embarcação integrava a Freedom Flotilla Coalition e transportava ajuda humanitária com arroz e medicamentos. Junto com Thiago estavam a ativista sueca Greta Thunberg e outros 10 ageiros. O governo brasileiro exigiu a libertação imediata da tripulação.

A mulher do ativista, Lara, chegou a divulgar apelo público por sua libertação. "Nós precisamos da ajuda de vocês, que cobrem parlamentares, o Itamaraty, o governo brasileiro", disse. Ela e Thiago são pais de Teresa, de 1 ano.

9.jun.2025 - Foto mostra o barco 'Madleen' aproximando do porto de Ashdod após ser interceptado por Israel - Jack GUEZ / AFP - Jack GUEZ / AFP
9.jun.2025 - Foto mostra o barco 'Madleen' aproximando do porto de Ashdod após ser interceptado por Israel
Imagem: Jack GUEZ / AFP

A pequena quantidade de ajuda no iate que não foi consumida pelas 'celebridades' será transferida para Gaza pelos canais humanitários reais
Governo de Israel, em nota

Barco entrou no porto de Ashdod escoltado por duas embarcações da marinha israelense. Ao desembarcar, os 12 tripulantes foram submetidos a exames "para garantir que estejam bem de saúde".

O veleiro da Coalizão da Flotilha da Liberdade, um movimento internacional não violento de solidariedade com os palestinos, partiu da Itália no dia 1º de junho. Após uma escala no Egito, a embarcação se aproximou da costa de Gaza.

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