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Venezuela sugere 'cumplicidade' de Trinidad e Tobago na entrada de 'mercenários' no país

06/06/2025 10h36

A Venezuela sugeriu, nesta sexta-feira (6), que houve "cumplicidade" de Trinidad e Tobago em uma suposta entrada de "mercenários" em seu território, em meio a uma escalada entre os governos dos países.

A primeira-ministra de Trindad, Kamla Persad-Bissessar, anunciou, na quinta-feira (5), que avaliará o uso de "força letal" contra qualquer embarcação não identificada que ingresse da Venezuela, ao rejeitar as declarações sobre a detenção de um cidadão de seu país por um suposto plano "terrorista" contra o governo venezuelano.

"A atitude virulenta e altissonante da primeira-ministra (Kamla Persad-Bissessar) levanta sérias suspeitas de cumplicidade com essa incursão e compromete as boas relações de cooperação que existem entre nossos países em áreas fundamentais", indicou a Chancelaria venezuelana.

"A Venezuela capturou criminosos originários de Trinidad e Tobago, que confessaram seus planos, declarações que foram devidamente sustentadas com provas contundentes apresentadas pelas autoridades competentes", acrescentou Caracas em um comunicado divulgado pelo chanceler Yván Gil. 

O presidente Nicolás Maduro denunciou, na terça-feira (3), a entrada de "terroristas" colombianos com "um lote de armas de guerra" vindo de Trindad e Tobago, e o ministro do Interior, Diosdado Cabello, informou, na quarta-feira (4), a prisão de uma pessoa de Trinidad e Tobago neste grupo de "mercenários".

Persad-Bissessar afirmou que as autoridades de Trinidad não viram "evidências que sustentem os comentários" e considerou como uma "ameaça" as declarações de Cabello.

Conhecido por seu carnaval e suas praias, este pequeno arquipélago de 1,4 milhão de habitantes está situado a apenas 10 quilômetros da Venezuela.

A Venezuela e Trinidad e Tobago compartilham projetos de gás no campo Dragon, mas as sanções dos Estados Unidos ameaçam as operações.

mbj/pgf/mr/rm/jc

© Agence -Presse

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