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Assembleia do Equador aprova permissão a bases militares estrangeiras no país

03/06/2025 15h05

Por Alexandra Valencia

QUITO (Reuters) - A Assembleia Nacional do Equador chancelou nesta terça-feira uma reforma constitucional para permitir a instalação de bases militares estrangeiras no país, parte dos planos do presidente Daniel Noboa de aumentar a cooperação para combater o tráfico de drogas.

A proposta foi apoiada por 82 parlamentares, enquanto 60 votaram contra e seis se abstiveram. Agora, ela deve ser submetida aos eleitores por meio de um referendo em uma data a ser definida pelas autoridades eleitorais.

Noboa, que iniciou um mandato completo no final de maio, disse que a cooperação internacional é necessária para combater os grupos de tráfico de drogas que operam em várias jurisdições.

Segundo parlamentares de seu partido o Equador se tornou um dos principais centros de tráfico de drogas desde que uma base norte-americana foi fechada.

Mas para a oposição, a presença militar estrangeira, por si só, não resolverá os problemas de segurança do país e o governo precisa de um plano claro para combater o crime.

A cidade litorânea de Manta sediou uma base militar dos EUA por uma década, até 2009. O ex-presidente esquerdista Rafael Correa decidiu não renovar as permissões da base e promoveu uma reforma constitucional para proibir bases militares estrangeiras no Equador.

Autoridades equatorianas disseram a aliados do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que estão interessadas em sediar uma base norte-americana, disseram fontes à Reuters em março.

Noboa e Trump tiveram uma reunião informal logo depois, na Flórida. Nenhum dos dois forneceu muitos detalhes sobre o que discutiram.

O presidente da assembleia, Niels Olsen, é um aliado próximo de Noboa.

(Reportagem de Alexandra Valencia)

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