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Ucrânia anuncia ter hackeado fabricante de aviões russo Tupolev

Bombardeiros Tu-160, fabricados pela russa Tupolev, na base aérea de Belaya, na Rússia - AFP PHOTO / Satellite image ©2025 Maxar Technologies
Bombardeiros Tu-160, fabricados pela russa Tupolev, na base aérea de Belaya, na Rússia Imagem: AFP PHOTO / Satellite image ©2025 Maxar Technologies

05/06/2025 07h57

Os serviços de inteligência ucranianos anunciaram, nesta quarta-feira (4), ter hackeado o fabricante de aviões russo Tupolev, o queria teria possibilitado o o a mais de 4 GB de dados internos. A empresa Tupolev é conhecida por seus bombardeiros de longo alcance, que carregam armas nucleares e são usados para disparar mísseis de cruzeiro.

Os serviços de inteligência ucranianos anunciaram, nesta quarta-feira (4), ter hackeado o fabricante de aviões russo Tupolev, o queria teria possibilitado o o a mais de 4 GB de dados internos. A empresa Tupolev é conhecida por seus bombardeiros de longo alcance, que carregam armas nucleares e são usados para disparar mísseis de cruzeiro.

Alguns dos arquivos ados pelas forças ucranianas já circulam nas redes sociais e vazaram no Telegram, incluindo currículos de altos executivos, atas de assembleias gerais e faturas enviadas a fornecedores.

Segundo os hackers ucranianos, Kiev teria obtido informações cruciais sobre pessoas envolvidas na definição da estratégia da aviação russa nos combates contra a Ucrânia.

Fontes ucranianas mencionam o o a dados importantes sobre a manutenção dos Tupolev-95 e 160. Esses bombardeiros não são mais fabricados pela Rússia, mas integram parte da dissuasão nuclear aérea do Kremlin.

O interesse estratégico desses documentos ainda precisa ser verificado, e ainda não se sabe se os dados permitirão à Ucrânia fortalecer sua posição nas negociações que visam obter um cessar-fogo com a Rússia.

Novo ataque

Um novo ataque de drones russos deixou pelo menos cinco mortos e seis feridos na noite de quarta (4) para quinta-feira na Ucrânia, segundo o chefe da istração da região de Tcherniguiv, no norte do país.

Os ataques à localidade de Prylouky "danificaram edifícios em uma área residencial", informou o chefe da istração regional, Viatcheslav Tchaus, no Telegram.

A ofensiva ocorre um dia após uma conversa entre o presidente americano, Donald Trump, e Vladimir Putin, que descartou uma "paz imediata" entre Kiev e Moscou, após mais de três anos de guerra.

Nesta quinta-feira, Zelensky voltou a pedir "sanções máximas" por parte dos Estados Unidos e dos aliados de Kiev para "mudar essa situação terrível".

"Devemos exercer pressão sobre a Rússia usando todos os meios que estiverem à nossa disposição para privá-la da capacidade de continuar essa agressão", afirmou o presidente ucraniano.

Trump alertou que Putin preparava uma reação ao ataque de drones lançado pela Ucrânia em 1º de junho contra vários aeródromos russos, que destruiu 41 aviões usados para bombardear cidades ucranianas.

Os serviços de segurança ucranianos afirmam ter usado 117 drones e destruído 34% dos bombardeiros estratégicos russos vetores de mísseis de cruzeiro, com danos estimados em US$ 7 bilhões.

A operação ucraniana foi preparada por mais de um ano e meio e teria sido supervisionada pelo presidente Volodymyr Zelensky.

A Ucrânia teria contrabandeado drones para dentro da Rússia escondidos em estruturas de madeira colocadas sobre caminhões, cujos tetos foram abertos à distância para permitir o voo dos aparelhos.

Fotos compartilhadas pelo Serviço de Segurança da Ucrânia mostram vários pequenos drones pretos escondidos nos falsos tetos de estruturas semelhantes a contêineres de transporte.

A Ucrânia envia regularmente drones à Rússia em resposta aos ataques aéreos quase diários contra seu território, mas raramente consegue atingir alvos tão distantes.

(Com AFP)

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