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Estátua de cera de Macron é roubada de museu e colocada em protesto em frente à embaixada russa de Paris

02/06/2025 12h13

Vários ativistas do Greenpeace roubaram, nesta segunda-feira (2), a estátua de cera do presidente francês, Emmanuel Macron, do popular museu Grévin, em Paris, para colocá-la em frente à embaixada da Rússia, localizada no 16º distrito (zona oeste) da capital sa como protesto. 

A sorridente estátua do presidente francês ficou durante horas junto a um cartaz com o lema "A Ucrânia se queima, o negócio continua" para protestar contra as exportações de gás e fertilizantes da Rússia, constatou um jornalista da agência AFP.

"Para nós, a França joga um jogo duplo" e "Emmanuel Macron personifica esse discurso contraditório: apoia a Ucrânia, mas incentiva as empresas sas a continuar negociando com a Rússia", declarou Jean-François Julliard, diretor-geral do Greenpeace França.

"Estamos mirando diretamente em Emmanuel Macron, porque ele tem uma responsabilidade muito especial nessa situação", acrescentou. "Ele deveria ser o primeiro nas discussões europeias a pôr fim aos contratos comerciais entre a Rússia e os países europeus."

Ativistas fingiram que eram turistas

Segundo uma fonte policial, duas mulheres e um homem entraram na manhã de segunda-feira como turistas no famoso museu do centro de Paris, equivalente ao Madame Tussauds de Londres.

Após se trocarem, fingindo ser funcionários do local, roubaram a estátua, avaliada em € 40 mil (cerca de R$ 228 mil), por uma saída de emergência, após escondê-la sob um lençol, acrescentou a fonte.

Em seguida, um homem que se apresentou como membro do Greenpeace entrou em contato com o museu para reivindicar a ação. A direção do museu avisou imediatamente a polícia. A delegacia do 9º distrito de Paris é responsável pela investigação do furto contra o museu, informou o Ministério Público de Paris, consultado pelo site de notícias info.

Esta não é a primeira vez que ativistas do Greenpeace denunciam o que consideram inações do governo francês em atos espetaculares. Em julho de 2020, a catedral de Notre Dame de Paris amanheceu com uma imensa faixa estendida pelo grupo em um dos guindastes utilizados nas obras de reconstrução do monumento.

A proposta da ONG seria de convidar o governo a "agir" contra o aquecimento global, o que causou a indignação da nova ministra sa da Cultura da época, Roselyne Bachelot.

Políticos ses tiveram estátuas "roubadas"

A estátua de cera do ex-presidente Jacques Chirac também foi roubada do museu Grévin, em dezembro de 1983, quando ele era prefeito de Paris, antes de ser encontrada alguns dias depois no zoológico de Vincennes.

A de Georges Marchais, secretário nacional do Partido Comunista Francês (PCF), foi levada por um grupo nacionalista em 1980 e encontrada no Jardin des Plantes, em Paris.

Por fim, durante seu mandato como presidente (1974-1981), a estátua de cera do ex-presidente Valéry Giscard d'Estaing foi furtada por motociclistas revoltados.

(Com agências)

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