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Quem sabe BC veja dados de emprego e possa parar de aumentar juro, diz Marinho, após Caged

Brasília

28/05/2025 17h24

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse nesta quarta-feira, 28, que os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) entre janeiro e abril sugerem uma criação menor de empregos este ano do que em 2024. Por isso, defendeu que o Banco Central pare de aumentar a taxa Selic, para permitir o crescimento da economia e a geração de postos de trabalho.

"Quem sabe o Banco Central escute isso e registre que pode parar de aumentar juros", disse Marinho, em entrevista coletiva sobre o Caged de abril. "Nós estamos fazendo quase que um milagre para segurar a economia funcionando, criando e gerando novos empregos, porque, de fato, os juros estão excessivamente elevados."

Marinho disse que o empresariado, especialmente do setor produtivo, "vem reclamando" dos juros.

O ministro pediu que o BC busque calibrar melhor a sua visão do futuro, e citou diversas ações do governo para manter a economia aquecida.

Desempenho da indústria atribuído ao governo Lula

Marinho disse que a criação de 35.068 empregos formais pela indústria brasileira em abril reflete as políticas adotadas pelo governo Lula para favorecer o setor.

"É sinal que os programas para a Nova Indústria, as políticas de fomento ao crédito, financiamento, o papel desempenhado pelo BNDES, abastecido pelo dinheiro do FAT, vêm dando conta do recado e do planejado no processo de reindustrialização", disse Marinho.

Orçamento

O ministro do Trabalho afirmou também que é necessário olhar o Orçamento do País "por inteiro", quando indagado sobre eventuais impactos do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ele disse que pensar o equilíbrio orçamentário envolve vários pontos, entre eles as emendas parlamentares.

"Tem que discutir, olhar o problema por inteiro, não simplesmente por um pedaço da fruta, da fruta inteira", afirmou o ministro. "É preciso que a gente olhe que a economia continue funcionando. Para a economia continuar funcionando, é preciso que o governo cumpra todos os seus compromissos, inclusive com o pagamento dos juros estabelecidos aos credores."

Nesta quarta-feira, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e os quatro maiores bancos privados do País - Itaú Unibanco, Bradesco, Santander Brasil e BTG Pactual - se reuniram com a Fazenda para apresentar sugestões de alternativas à majoração do imposto.

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