Casemiro abre portas para Neymar, mas diz: 'Precisa estar bem fisicamente'
Casemiro exaltou Neymar, mas ponderou que o astro precisa estar bem fisicamente para voltar à seleção brasileira.
O que aconteceu
Casemiro analisou a ausência de Neymar na seleção. O meia-atacante do Santos ficou fora da lista de Carlo Ancelotti por não estar nas condições físicas ideias.
Amigo de Neymar, Casemiro entende que, ele bem fisicamente e mentalmente, é o melhor do mundo. Nesse momento, o camisa 10 está com covid-19. Ele já teve duas lesões musculares desde que voltou ao Peixe.
A expectativa de Neymar é estar na data Fifa de setembro. O jogador ainda não renovou seu contrato com o Santos, que terminará no dia 30 de junho.
O que falar do Neymar? Um jogador fora da curva. No meu ciclo de futebol é top-3. Neymar, Cristiano Ronaldo e Messi. Precisa estar bem fisicamente, ele bem fisicamente é o melhor disparado. O treinador também falou isso. Cabe ao Neymar voltar a estar bem fisicamente, feliz. Neymar é mais que necessário na seleção e em qualquer clube, é indispensável. Mas claro que precisa estar bem fisicamente e mentalmente. Vou te falar, com todo o coração, conheço desde os 14 anos e ele bem é melhor que qualquer um disparado. Precisamos dessa qualidade. Ele bem vai fazer muito mais que diferença. É jogador de outro mundo Casemiro
Veja a entrevista de Casemiro na íntegra
Período fora
"Se tratando de seleção brasileira, a partir do momento em que se fica de fora, a gente fica triste. É um propósito de todos os jogadores de todos os países, principalmente no Brasil. Fiquei muito tempo antes de ficar fora. São decisões. O antigo treinador tinha que escolher de 23 a 26 jogadores. Eu não estava no plano, mas nunca deixei de trabalhar, de fazer as coisas bem para voltar à seleção".
Cotidiano
"Eu tive a felicidade de trabalhar com ele na primeira e segunda agens pelo Real. Um dos pontos mais fortes é o lado humano. Essa relação que tem com os jogadores, essa proximidade. Essa facilidade de lidar com os jogadores. Não está sendo nada diferente aqui. Uma grande pessoa, muito humilde apesar do currículo. O lado humano dele, a humildade dele, como lidar com o jogador, é algo muito importante. Estamos com dias aqui do que ele já fez para o futebol. Mas o lado humano é o que mais me surpreende todos os dias".
Como é o trabalho? Ajuda com os companheiros
"O lado de campo é o mais importante. De fazer as coisas bem, impor respeito, ar experiência dentro de campo. Depois, quando se trabalha com o treinador e se sabe a linha, facilita muito mais. Já estou há mais tempo, tenho voz mais ativa no vestiário. Há conexão maior com o treinador e o aos jogadores. Não é nada diferente. É muito fácil de lidar, muito humilde, aberto, a expressar opinião. É um lado bem mais tranquilo".
A volta por cima
"Esse ano foi um dos anos mais importantes da minha carreira. Até mesmo por escolha do treinador fiquei fora, mas nunca deixei de trabalhar. Esse é meu grande êxito. É um dos anos mais importantes da minha carreira, se não for o mais. Todos querem falar de títulos e vitórias, mas a partir do momento em que não se joga, consegue mudar opinião de treinador que chega e não te coloca para jogar. O treinador não contava comigo a princípio e agora me elogio. Foi um ano de mais resiliência, um dos anos mais felizes e vencedores da minha carreira. Feliz por voltar à seleção, por conhecer o treinador, mas por voltar com bom futebol, que é o mais importante. Quero dar essa ênfase. Não estou aqui por conhecer o treinador, é por merecimento. Foi um dos anos mais importantes da minha carreira".
Quem é que manda no trote?
"Eu não mando em nada. Quem manda é o presidente. O mister. Claro que são momentos de brincadeira. Quem manda são as pessoas que mandam. Eu sou um soldado como todos os jogadores. Somos soldados do treinador, para a seleção, e, claro, queremos o melhor para a seleção brasileira. Tenho ótima relação com o Vini, um grande amigo. Só brincadeira".
"Rolou ontem. Canta mal demais [risos]".
Bastidores - o que acontecia com seu futebol?
"São coisas que acabam até acontecendo internamente. Quando acontece internamente, não gosto de transmitir muito. Conversei com o treinador, foi aberto, explicou a opção, nada contra mim. A opção era trabalhar, esperar oportunidade e aproveitar. Não teve uma recaída assim tão grande, falando de aspecto individual. Mas o clube não jogava bem, tinha que ter mudança. Fui perguntar para ele e disse que não era nada, mais de escolha de jogador. Esperei oportunidade e correspondi à altura".
A preleção do Ancelotti - lado sereno
"O mister é um cara muito tranquilo. Confia muito no trabalho dele. E eu gosto de falar da humildade dele. Do que transmite. Das coisas claras, mais simples, muito direto. O que vocês estão vendo fora, do jogo, ele é no dia a dia. Muito tranquilo, super em paz. Transmite paz quando conversa com ele. Eu tenho para falar, como experiência, que temos que desfrutar desses momentos. Pessoas do futebol para aproveitar. O Brasil precisa de pessoas assim. São muitos anos, ele contou um pouco da história ontem. Começou em 1992 como treinador. São muitos anos no alto nível, na pirâmide mais alta. Não só nós jogadores, mas vocês jornalistas, povo, futebol, diretores, equipes: vamos aproveitar. Pessoas assim favorecem o futebol. Já que temos oportunidade de ter uma pessoa desse nível, vamos aproveitar, dar respeito. E vamos desfrutar. É uma grande figura, ícone do futebol mundial.
Torcedor mais exigente de São Paulo - jogo mais leve
"Cada jogo é uma história. Falando de característica e, provavelmente? Estamos supondo. Vai ser um jogo de muita posse de bola, o Paraguai querendo jogar na transição. Foi um pouco assim no primeiro jogo, a gente tentando furar e eles na transição com jogadores de qualidade, velozes e diretos na frente. Não vai ser tão diferente aqui. Jogo de equilíbrio mental, de ter a tranquilidade de saber o momento certo. E sabemos que o Brasil pensar em defender? Brasil não sabe jogar defensivamente. A característica é ofensiva, temos que melhorar. Não adianta falar que estamos em grande momento. Não estamos. Temos que melhorar, se tratando de seleção brasileira é estar no mais alto possível, pensando em vencer, com respeito ao adversário. Baliza zero no último jogo, defendemos melhor, e agora é atacar melhor. Futebol é assim. São três ou quatro dias e temos que refazer o ataque, uma pena. Tem que priorizar o ataque agora. É uma construção. Tivemos uma grande atitude. O treinador pediu atitude na preleção. Defender não é quem defende melhor, é atitude. A atitude foi muito boa. Agora temos que, com a característica de transição do Paraguai, é priorizar a parte ofensiva, caprichar mais no último e, com mais agressividade no último terço de campo".
Casemiro mais propositivo ou combativo?
"Por experiência, eu gosto de dar muitas opções. Ainda mais com o futebol moderno, com vestiário moderno. Tem que estar disposto a tudo, todas as opções. Mas todos sabemos minha característica. Perfil mais sério, direto, mais tranquilo também. Não vou mudar característica por ter ficado fora. Não vou mudar o que eu sou".