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Gilson Machado, ex-ministro de Bolsonaro, deixa prisão no Grande Recife

Gilson Machado em evento no Palácio do Planalto - 10.jun.2021-Pedro Ladeira/Folhapress
Gilson Machado em evento no Palácio do Planalto Imagem: 10.jun.2021-Pedro Ladeira/Folhapress
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Do UOL, em Brasília e em São Paulo

13/06/2025 21h45Atualizada em 14/06/2025 07h18

Gilson Machado deixou a prisão na noite de sexta-feira após ordem de Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). O ex-ministro do Turismo no governo Bolsonaro foi preso na manhã do mesmo dia.

O que aconteceu

Machado ficou menos de 24 horas no Centro de Observação Criminológica Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, Grande Recife. Ele deixou a prisão, onde ficou em uma cela isolada, por volta das 23h de sexta-feira.

Moraes concedeu liberdade provisória ao ex-ministro. Contudo, ele terá de se apresentar à Justiça a cada duas semanas, terá o aporte cancelado, não poderá sair do país e está proibido de se comunicar com os réus por tentativa de golpe de Estado. Caso descumpra qualquer medida, Machado pode voltar a ser preso.

Substituição da prisão preventiva pelas medidas cautelares foram propostas pela PGR (Procuradoria-Geral da República), segundo Moraes. "Assim, não persistindo as razões para a manutenção da medida cautelar extrema cuja eficácia já se demonstrou suficiente, a necessária compatibilização entre a Justiça Penal e o direito de liberdade indica a possibilidade de substituição da prisão preventiva por medidas cautelares previstas."

Machado foi preso por suspeita de tentar emitir aporte português para o ex-ajudante de ordens Mauro Cid. A prisão foi decretada pelo próprio Moraes a pedido da PGR, que solicitou abertura de inquérito sobre o caso após a PF descobrir a tentativa de expedir o documento. Moraes também decretou a prisão de Mauro Cid, mas revogou ordem logo em seguida.

Ex-ministro teria tentado atrapalhar o andamento do julgamento da trama golpista no STF. Em nota enviada ao UOL na terça, o ex-ministro afirmou que tomou conhecimento das investigações pela imprensa e negou "veementemente ter ido a qualquer consulado, inclusive o português".

Machado negou ter ido "a qualquer consulado, inclusive, o Português, no Recife (PE), por meio de nota. "Reitero nessa oportunidade, que apenas mantive contato telefônico em maio último, com Consulado Português, tão somente solicitando uma agenda para meu pai Carlos Eduardo Machado Guimarães renovar o aporte, o qual foi feito após dita solicitação".

Sanfoneiro é amigo e aliado de Bolsonaro

Conhecido como Gilson Sanfoneiro, Machado é aliado e amigo próximo de Bolsonaro. O ex-ministro acompanhava o ex-presidente na viagem que ele fazia no Rio Grande do Norte, em abril, quando ou mal e precisou ar por uma cirurgia para reverter quadro de obstrução intestinal. Machado foi o primeiro a prestar socorro a Bolsonaro quando o ex-presidente ou mal.

Machado também esteve presente com o filho e com Eduardo Bolsonaro nos EUA após eleição de Trump. Os três foram os únicos políticos brasileiros a participar do evento. Foram quatro dias de viagem àquele país para, segundo os envolvidos, planejar os próximos dois anos da extrema direita no Brasil.

Machado também era presença constante nas lives de Bolsonaro. Em algumas ocasiões, ele aparecia com uma sanfona e entoava canções, como quando tocou Ave Maria em homenagem às vítimas da covid-19.

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