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Ibovespa emenda segunda alta seguida e retoma nível dos 137 mil pontos

São Paulo

11/06/2025 18h00

O Ibovespa firmou alta na etapa vespertina e retomou em fechamento o nível de 137 mil pontos, amparado no período da tarde pelo bom desempenho das ações de bancos - como Santander (+4,65%), Bradesco (ON +2,70%, PN +3,10%) e Itaú (+0,92%), exceção para Banco do Brasil (ON -0,65%, mínima do dia no fechamento) - e também de Petrobras (ON +2,93%, PN +3,33%), em dia de forte avanço para os preços do petróleo em Londres e Nova York, com alta superior a 4% em ambos encerramentos.

No fechamento, em segundo dia de recuperação, o índice da B3 mostrava ganho de 0,51%, aos 137.128,04 pontos, entre mínima de 135.627,75 e máxima de 137.530,69 pontos, saindo de abertura aos 136.443,36 pontos. O giro financeiro ficou em R$ 21,6 bilhões na B3. Na semana, o Ibovespa avançou 0,75% e, no mês, oscila levemente ao positivo (+0,07%). No ano, o índice acumula ganho de 14,00%.

Melhor desempenho entre os componentes do Ibovespa na sessão, o ganho visto em Santander nesta quarta-feira refletiu a elevação, pelo UBS BB, da recomendação das ações do banco para compra, assim como do preço-alvo, de R$ 30 para R$ 38, aponta Alison Correia, analista e cofundador da Dom Investimentos.

Por outro lado, o setor metálico foi mal na sessão, com Vale em queda de 0,88%, e destaque negativo para Gerdau (-3,68%) e Metalúrgica Gerdau (-3,92%) com a reversão do 'trade' relacionado a tarifas, após sinais iniciais de progresso nas negociações entre Estados Unidos e China, na segunda e terça-feira, em Londres - até a terça, as ações do grupo eram favorecidas pela produção local da companhia nos Estados Unidos, o que lhe asseguraria vantagem no contexto da guerra tarifária.

"Dia mais morno para o Ibovespa, entre leves perdas e ganhos, mas o I, a inflação ao consumidor nos Estados Unidos, com desaceleração em maio, deu algum apoio ao apetite por risco desde a manhã. Inflação mais fraca nos Estados Unidos traz um otimismo maior para a busca por remuneração melhor, nos ativos de risco, com expectativa de que venha a se iniciar, em algum momento, um ciclo global de redução de juros", diz Rubens Cittadin, operador de renda variável da Manchester Investimentos. Ele observa que tal tese dá e à percepção de manutenção de fluxo para países com juros ainda bem competitivos, favoráveis ao carry trade, como é o caso do Brasil.

"Ainda que se esteja falando de trocar seis por meia dúzia, as negociações, ainda em andamento, sobre aumento do IOF trazem alguma tranquilidade. Dia trouxe também um noticiário mais positivo sobre avanços nas negociações entre representantes comerciais de Estados Unidos e China, o que contribui para uma acalmada no mercado e, em especial, para uma boa recuperação dos preços do petróleo na sessão, ajudando o setor na B3, com Petrobras à frente", diz Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos.

Na ponta ganhadora do Ibovespa, além de ações de empresas do segmento, como a própria Petrobras, Brava (+3,03%) e PetroReconcavo (+2,70%), destaque também nesta quarta-feira para Santander, TIM (+3,51%) e Bradesco. No lado oposto, logo depois dos papéis de Gerdau, vieram IRB (-3,34%), Braskem (-3,07%) e CVC (também -3,07%).

"Está claro que a China, naturalmente, quer voltar a aumentar a exportação para os Estados Unidos porque, apenas em maio, teve queda de 34% nas vendas para o país", diz Correia, da Dom Investimentos, acrescentando que a leitura abaixo do esperado para o índice de preços ao consumidor nos EUA (I, na sigla em inglês) em maio chega em momento importante, às vésperas da próxima reunião do Federal Reserve, na semana que vem, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central também volta a deliberar sobre a Selic, no Brasil.

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