Netanyahu diz que houve progresso significativo nas negociações para libertar reféns
Por Emily Rose
JERUSALÉM (Reuters) - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta terça-feira que houve um "progresso significativo" nos esforços para garantir a libertação dos reféns remanescentes em Gaza, mas que é "muito cedo" para alimentar esperanças de que um acordo seja alcançado.
Apesar dos esforços de Estados Unidos, Egito e Catar para restaurar o cessar-fogo em Gaza, nem Israel nem o Hamas demonstraram disposição para recuar em suas principais exigências, com cada lado culpando o outro pelo fracasso em chegar a um acordo.
Netanyahu, que tem sofrido pressão de sua coalizão de direita para continuar a guerra e impedir a entrada de ajuda humanitária em Gaza, declarou em vídeo compartilhado por seu gabinete que houve progresso, sem fornecer detalhes.
Uma fonte familiarizada com as negociações disse que Washington estava dando mais garantias ao Hamas, na forma de medidas que levariam ao fim da guerra, mas que eram as autoridades americanas que estavam otimistas, não as israelenses. A fonte afirmou que há pressão de Washington para que o acordo seja fechado o mais rápido possível.
O Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca e os representantes do enviado dos EUA, Steve Witkoff, que está liderando os esforços dos EUA nas negociações de cessar-fogo, não responderam imediatamente a pedidos de comentários. Os representantes do Hamas também não.
A liderança de Israel tem dito que manterá a guerra até que os 55 reféns restantes mantidos em Gaza sejam libertados e quando Hamas, cujo ataque de outubro de 2023 desencadeou a guerra, for desmantelado.
O Hamas, que governa Gaza desde 2007, disse que não governaria mais após a guerra se um comitê tecnocrático palestino e apartidário assumisse o controle, mas se recusou a se desarmar.
Os EUA propam um cessar-fogo de 60 dias entre Israel e Hamas. Israel afirmou que cumpriria os termos, mas o Hamas pediu alterações. Os militantes disseram que libertariam todos os reféns em troca de um fim permanente da guerra.
(Reportagem de Emily Rose e Maayan Lubell em Jerusalém, Jana Choukeir em Dubai)