Israel 'nos sequestrou em águas internacionais', diz Greta Thunberg ao chegar à França

Israel "sequestrou" os ativistas pró-palestinos do veleiro Madleen "em águas internacionais", acusou Greta Thunberg nesta terça-feira (10), ao chegar a um aeroporto de Paris após ser expulsa pelas autoridades israelenses.
A embarcação foi interceptada na segunda-feira quando tentava chegar à Faixa de Gaza com ajuda humanitária e 12 ativistas pró-palestinos a bordo, incluindo Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila. A Marinha israelense os escoltou para o porto de Ashdod.
"Fomos sequestrados em águas internacionais e levados contra a nossa vontade para Israel", disse a ativista sueca no aeroporto Charles de Gaulle. "Não violamos nenhuma lei. Não fizemos nada de errado", acrescentou.
Os ativistas que viajavam na embarcação eram da França, Alemanha, Brasil, Turquia, Suécia, Espanha e Países Baixos. Thunberg fazia parte daqueles que am os papéis que permitiram sua expulsão de Israel.
Quatro dos seis ses presentes no veleiro rejeitaram fazê-lo, entre eles a eurodeputada Rima Hassan, segundo a diplomacia sa. Agora aguardam procedimentos judiciais, afirmou a Chancelaria israelense.
"Estou muito preocupada com eles", disse a ativista, que pediu sua "libertação imediata", além da chegada "de ajuda humanitária em Gaza, um cessar-fogo e, sobretudo, o fim da ocupação" israelense.
O barco foi fretado pela Coalizão Flotilha da Liberdade, um movimento internacional não violento de solidariedade aos palestinos, criado em 2010 e que combina ajuda humanitária e protesto político contra o bloqueio de Gaza.
"Não vamos parar. Continuaremos fazendo tudo o que pudermos, porque essa é a promessa que fizemos aos palestinos", acrescentou Thunberg. Segundo uma fonte do aeroporto, ela deve embarcar em outro avião à noite para a Suécia.
O governo israelense acusou "Greta Thunberg e os outros [de terem] tentado encenar uma provocação midiática com a única intenção de gerar publicidade".
Israel enfrenta forte pressão internacional para pôr fim à guerra em Gaza, onde a população é bombardeada diariamente e está à beira da fome devido às restrições impostas, segundo a ONU.