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O que levava o barco de Greta e brasileiro que foi interceptado por Israel

Embarcação Madleen, com ajuda humanitária, tinha 12 ativistas a bordo - Reprodução/Insgram
Embarcação Madleen, com ajuda humanitária, tinha 12 ativistas a bordo Imagem: Reprodução/Insgram
do UOL

Colaboração para o UOL, de São Paulo

10/06/2025 10h36

A embarcação "Madleen", interceptada na manhã de ontem quando viajava em direção a Gaza, levava 12 ativistas a bordo que, segundo eles, carregavam suprimentos humanitários para a região em guerra. De acordo com o governo de Israel, a ajuda transportada era irrisória.

O que aconteceu

Barco levava "fórmula infantil, alimentos, remédios e humanidade básica" à Faixa de Gaza. Informação foi divulgada pela FCC (Coalizão da Flotilha da Liberdade, na sigla em inglês), grupo ativista que coordena a missão. Por conta do tamanho da embarcação, contudo, a quantidade de ajuda humanitária é simbólica.

Principal objetivo do grupo era chamar atenção para a crise humanitária na região. "O que torna um pequeno barco de ajuda humanitária tão assustador para a ocupação israelense? De acordo com sca Albanese [relatora especial da ONU para os territórios palestinos ocupados]: é a nossa humanidade. É o desafio de todos. É o nosso poder coletivo para romper o cerco", publicou a FCC no Instagram.

Israel chamou barco de "Iate das selfies"

Governo israelense interceptou a embarcação na madrugada de ontem. Um grupo de 12 ativistas, incluindo Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila, estavam a bordo.

O 'iate das selfies' das 'celebridades' está navegando com segurança em direção às costas de Israel (...) A pequena quantidade de ajuda no iate que não foi consumida pelas 'celebridades' será transferida para Gaza pelos canais humanitários reais
Ministério das Relações Exteriores de Israel, em comunicado

Viagem foi interceptada

Veleiro partiu da Itália no dia 1º de junho. Após uma escala no Egito, a embarcação se aproximou da costa de Gaza.

Em nota, a coalização informou na madrugada de ontem a perda de comunicação com o barco. A tripulação foi "sequestrada pelas forças israelenses", acrescentou o movimento.

Barco entrou no porto israelense de Ashdod ontem ao anoitecer, por volta das 20h45 local (14h45 no horário de Brasília). Todos os 12 ativistas pró-palestina foram submetidos a exames de saúde, segundo o ministério das Relações Exteriores de Israel.

Mais cedo, governo de Israel disse que cada membro do grupo retornaria ao seu país de origem. Os 12 tripulantes deverão ser levados até uma unidade de detenção, onde arão por audiência com um juiz, antes de serem enviados de volta aos seus países de origem, conforme relatou o advogado dos ativistas a agências de notícias internacionais.

Israel não especificou em quanto tempo será feita a deportação. Sem detalhar como, o ministério das Relações Exteriores israelense fez uma publicação no X dizendo que, após a chegada ao país, seriam feitos "arranjos". Normalmente, esses casos levam cerca de 48 horas para que a deportação ocorra. Os 12 ativistas também poderão ser proibidos de entrar em território israelense.

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