O bilionário Elon Musk, dono da Tesla e da SpaceX, perdeu para o presidente Donald Trump em todas as frentes de batalha e deixou o governo americano atirando, disse a colunista Mariana Sanches no UOL News, do Canal UOL.
Aqui, em Washington, todo mundo sabia que esse dia [o rompimento entre Trump e Musk] chegaria. Mas, talvez, tenha vindo um pouco antes do que a gente esperava. É um divórcio litigioso, e a roupa suja está sendo lavada no X (antigo Twitter), minuto a minuto.
Na semana ada, Musk anunciou a sua saída do governo de Donald Trump, onde foi chefe do Doge (Departamento de Eficiência Governamental) e promoveu uma série de cortes, com demissões de funcionários. A saída parecia ter sido cordial, com trocas de elogios e agradecimentos diante das câmeras.
Os dois, no entanto, iniciaram um embate público anteontem, quando o dono do X chamou o novo orçamento do republicano de "abominação repugnante". O presidente rebateu dizendo que pediu para Musk deixar o governo e o chamou de louco em uma publicação.
A fala foi o estopim: o bilionário acusou o presidente de aparecer na lista de pessoas que frequentaram as festas de Jeffrey Epstein, empresário já morto e que tinha associação com uma rede de prostituição e exploração de menores. Como resposta, Trump ameaçou romper os contratos que o governo mantém com empresas do magnata.
[Em seis meses de governo] a gente viu, por exemplo, o Musk perdendo contratos para a Open AI, o que ele não gostou. Perdeu ainda perdendo a discussão sobre o orçamento, que deve aumentar o débito fiscal americano, que já a dos 120%. E o Musk, que é um tecnocrata, com a ideia de estado mínimo. Foi uma grande derrota para ele. E, para piorar, o Trump não indicou o nome dele para a Nasa.
Quer dizer, o Musk perdeu em todas as batalhas e saiu atirando. E o país fica numa posição de refém [nessa história], né? Mariana Sanches, colunista do UOL
Jurista: Carla Zambelli tem grande chance de ser presa e extraditada
No UOL News, o jurista Rafael Paiva, professor de direito penal, afirmou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que fugiu para os Estados Unidos e prometeu se instalar na Europa, tem grandes chances de ser presa e extraditada pelo governo italiano, mas ainda com uma única possibilidade de safar..
A tendência (e a aposta jurídica de hoje) é que a Itália prenda e extradite a Carla Zambelli para o Brasil. Só não haveria extradição caso o governo italiano entendesse que se trata de uma condenação política. E aqui eu faço um parênteses: não é uma condenação política. Rafael Paiva, professor de direito penal
A parlamentar e ex-aliada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou ontem que viajou para os Estados Unidos, mesmo condenada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a dez anos de prisão por mandar invadir os sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
No dia seguinte, o ministro Alexandre de Moraes acatou o pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) e determinou a prisão preventiva de Zambelli. O magistrado solicitou a inclusão do nome da parlamentar na lista de difusão vermelha da Interpol.
Em entrevista à rádio Auriverde, a deputada anunciou que tinha planos de sair dos Estados Unidos e se estabelecer na Europa. Zambelli possui cidadania italiana. O paradeiro oficial de Zambelli, no entanto, segue desconhecido. À Folha, o ex-apresentador da Jovem Pan Paulo Figueiredo disse que a deputada "já está bem e em segurança na Itália".
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