Wall Street fecha sem tendência definida, atenta a divergência comercial EUA-China
A bolsa de Nova York fechou sem tendência definida nesta sexta-feira (30), devido às tensões comerciais entre Estados Unidos e China, depois de o presidente americano, Donald Trump, acusar Pequim de não respeitar o acordo de distensão tarifária negociado entre as duas potências.
Ao final da sessão, o principal índice de Wall Street, o industrial Dow Jones, fechou em alta de 0,13% a 42.270,07 pontos, o tecnológico Nasdaq recuou 0,32% a 19.113,77 pontos e o índice ampliado S&P 500 fechou praticamente inalterado (-0,01%) a 5.911,69 pontos.
"Se não fosse pela guerra comercial, o mercado estaria bastante bem", afirmou Tom Cahill, analista do Ventura Wealth Management.
Ele ressaltou também que "a inflação definitivamente vai na direção certa", em alusão ao índice PCE publicado na sexta-feira.
O índice de preços dos gastos com consumo pessoal, o PCE, a medida de inflação preferida do Federal Reserve (Fed, banco central), aumentou 2,1% em 12 meses a abril, abaixo do número de março.
No entanto, os investidores se mantêm nervosos porque o presidente Donald Trump criticou a China na madrugada de sexta-feira e publicou em sua plataforma Truth Social que Pequim "violou totalmente seu acordo" tarifário com os Estados Unidos.
Os Estados Unidos e a China tinham acordado este mês reduzir mutuamente as tarifas sobre as importações.
No entanto, as declarações de Trump reavivaram os temores de que o magnata republicano volte a adotar uma abordagem agressiva frente à segunda maior economia do mundo.
José Torres, economista sênior do Interactive Brokers, declarou em nota: "Wall Street se preocupa de que as declarações da manhã desta sexta-feira sejam só uma antecipação do que está por vir".
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