Era bagunça? Chegada de Ancelotti e poder de diretor transformam seleção

A CBF vive um novo momento após as mudanças na diretoria e comissão técnica.
O que aconteceu
O ambiente é muito melhor após a chegada de Carlo Ancelotti, a eleição do presidente Samir Xaud e o poder dado ao diretor Rodrigo Caetano. O sentimento de todos é de otimismo para esse tiro final até a Copa do Mundo.
Essa percepção contrapõe a forte declaração de Danilo, um dos líderes desse elenco. Em entrevista a Romário, o jogador do Flamengo disse que a CBF com o ex-presidente Ednaldo Rodrigues era uma "bagunça" — a declaração foi dada na metade do mês ado.
Agora, a ideia de Samir Xaud é apaziguar os ânimos e delegar funções. Ednaldo tinha fama de centralizador.
Um dos primeiros atos de Samir foi dar autonomia ao diretor Rodrigo Caetano. Ele não tinha a liberdade necessária no dia a dia e nem participou da negociação pela chegada de Carlo Ancelotti. Samir é mais discreto e teve rápida conversa com o elenco nessa data Fifa.
Caetano se tornou o braço direito de Ancelotti e sua comissão. Com o aval de Samir, ele toma decisões importantes no dia a dia, como fazia pelos clubes onde trabalhou. O presidente fiscaliza e dá aval. Porém, confia no seu diretor de seleções, diferentemente de como era a rotina com Ednaldo.
Outro ponto fundamental para essa nova fase da seleção é Ancelotti e sua liderança natural. O treinador multicampeão chegou com uma simplicidade que surpreende.
O italiano criou naturalmente uma confiança nos atletas e, consequentemente, no estafe da seleção. Dorival Júnior e Fernando Diniz acabaram expostos diante dos problemas da CBF de Ednaldo Rodrigues.
Ancelotti não mostrou receio com a saída de Ednaldo, gostou das primeiras atitudes de Samir e confia em Rodrigo Caetano. Todos afirmam que o ambiente está mais leve.
Após o empate com o Equador, a expectativa agora é que o Brasil vença e convença contra o Paraguai, na terça-feira, em São Paulo. A nova realidade fora de campo aumenta essa chance.