Ancelotti aponta principal problema do Brasil no empate com Equador
O técnico Carlo Ancelotti reconheceu que o Brasil teve problemas quando teve a bola no pé durante o empate por 0 a 0 com o Equador. O jogo de estreia do italiano à frente da seleção, por outro lado, o deixou satisfeito em termos defensivos. A próxima chance de mostrar evolução é contra o Paraguai, terça-feira.
"A nível defensivo fizemos um jogo muito bom, com boa atitude, organização. Boa pressão ofensiva às vezes. Não concedemos oportunidades praticamente. Isso foi o bom. Na outra parte, poderia ser melhor. Com a bola. Com um jogo mais fluído. No final, um empate bom, num bom jogo. Saímos satisfeitos, com confiança para a próxima", disse Ancelotti.
Esperava mais chances? "Jogo complicado para jogar de forma combinada, pelas condições do gramado, complicado controlar a bola. Tivemos oportunidades com Vini, Casemiro na segunda parte. Poderia ser melhor na frente, mas temos que entender a força do rival. Jogaram uma partida muito boa".
As mudanças. "Mais energia. Trabalharam muito forte. Muito compromisso defensivo. As mudanças foram para dar mais energia. Estêvão e Richarlison trabalharam muito firme".
Projetar para terça. "Contra o Paraguai vai ser diferente, teremos mais chances de controlar. Temos que ter mais ritmo, mobilidade e intensidade. Vamos ver isso na nossa casa".
O que mais Ancelotti disse
O que não pode se repetir no próximo jogo?
"Faltou um pouco no ataque. Equador defendeu bem, era difícil buscar espaços entrelinhas. Tivemos dificuldade na saída, nem sempre a bola chegou limpa no último terço. Não quero dar desculpas, mas o campo não estava fácil de jogar nessa condição".
Ambiente sul-americano
"Muito bom o ambiente. Uma boa recepção, um ambiente fantástico. A torcida empurrou o time, tudo saiu bem. Um jogo correto, com boa arbitragem. Saímos daqui com confiança, com um bom ponto. A ganhar o próximo jogo".
Equador
"Não sei, temos que ter muitas coisas em conta, também a viagem. É um pouco diferente, viagens largas. A nível físico os dois times fizeram muito bem. Não sei o que poderia acontecer na altura, poderia ser bom ou não. Em altura seriam os dois times, não apenas a gente".
Comunicação com os jogadores
"O que falamos eles tentaram fazer, a nível defensivo fomos muito bem, não concedemos oportunidades claras para um time forte. Poderia controlar melhor o jogo com a bola, mas temos coisas a melhorar contra o Paraguai".
Estreia
"A emoção, sim, um jogo especial. Minha primeira partida com esse sonho. São mais de 1800 jogos e esse é especial. Estou adorando essa recepção no primeiro momento. Adoro trabalhar com a CBF. É um presente estar aqui".
As trocas - Richarlison
"São dois jogadores diferentes. Com Matheus ficamos mais com a bola, com Richarlison é mais profundidade. Não chegaram boas bolas para ele, vinha jogando bem. Foi determinante a nível defensivo".
"Os objetivos que temos é classificar, brigar no Mundial, colocar o Brasil nos primeiros lugares como sempre esteve. É o nosso objetivo de todos. Vamos a brigar para conseguir".
Marquinhos como capitão
"Marquinhos foi o capitão dos últimos anos. Não precisávamos mudar. Como falei com ele, os quatro de trás jogaram muito bem. A primeira partida do Ribeiro, foi muito bem".
Atuação do Equador
"Pressionaram bem, não deixaram espaço entrelinhas. Boa conexão da defesa com meio-campo. Por isso que ninguém ganhou aqui".
Diferença do Brasil para a Europa
"O futebol é um pouco diferente, mas não muito. Temos que nos adaptar a diferentes situações, viagens longas. Mas o futebol é futebol. Não há muitas coisas. Para o jogador e todos nós o feeling tem que ser apresentado. É diferente do que tive em clube. Há um país por trás. Por isso todos nós estamos muito concentrados para conseguir a melhor opção".
Resposta imediata contra o Paraguai
"É um trabalho diferente. A qualidade é muito boa. Não há muito tempo para trabalhar, mas podemos melhorar, obviamente. Temos muita qualidade. Estou certo que vamos melhorar a nível ofensivo. Até porque hoje faltou o Raphinha, um jogador muito importante".