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Surfar no Havaí vai ficar mais caro a partir de 2026; entenda

Italo Ferreira durante a etapa de Pipeline - WSL
Italo Ferreira durante a etapa de Pipeline Imagem: WSL
do UOL

Guilherme Dorini

Colaboração para o UOL

04/06/2025 05h30

Um dos destinos mais sonhados por surfistas do mundo todo vai ficar um pouco mais caro. A partir de 1º de janeiro de 2026, o Havaí ará a cobrar uma nova taxa sobre hospedagens e cruzeiros, que deve afetar diretamente os turistas - incluindo, claro, os que viajam em busca das ondas perfeitas da ilha.

O que aconteceu

A medida foi sancionada no fim de maio pelo governador Josh Green e aumenta em 0,75% o imposto sobre acomodações transitórias (TAT), que a de 10,25% para 11%.

Na prática, quem se hospedar em hotéis, airbnbs ou navios de cruzeiro no Havaí vai pagar cerca de US$ 2,25 a mais por dia em uma estadia média de US$ 300. É o que vem sendo chamado de "Green Fee".

A cobrança é inédita nos Estados Unidos e tem como principal objetivo levantar recursos para ações contra os impactos das mudanças climáticas.

Josh Green, governador do Havaí, celebra nova medida - Instagram/@govjoshgreen - Instagram/@govjoshgreen
Josh Green, governador do Havaí, celebra nova medida
Imagem: Instagram/@govjoshgreen

O governo estima arrecadar cerca de US$ 100 milhões por ano com a nova taxa, valor que será investido em projetos de proteção ambiental, restauração de praias e trilhas, combate a incêndios florestais e adaptação da infraestrutura local.

Barreira invisível?

Para o governo local, o "Green Fee" é uma forma de preservar o paraíso natural que atrai quase 10 milhões de turistas por ano.

Não podemos esperar o próximo desastre climático acontecer para agir. Essa taxa vai ajudar a proteger a saúde e segurança de quem mora e visita o Havaí.
Josh Green, governador do estado

Mas nem todo mundo está satisfeito. Representantes da indústria do turismo afirmam que o aumento pode desestimular visitantes e impactar a economia local.

Já organizações civis apontam que a medida pode atingir também os moradores do arquipélago, que viajam entre as ilhas com frequência e também terão que arcar com os novos custos.

Malia Hill, do instituto Grassroots do Havaí, criticou a medida: "Não há nada como tirar férias no Havaí, é verdade. Mas isso não significa que a taxa não vá impactar os gastos dos visitantes e a atratividade do destino."

Tendência global

Com a medida, o Havaí se junta a uma lista crescente de destinos turísticos que vêm adotando taxas ambientais para tentar reduzir os efeitos negativos do turismo de massa.

Países como Nova Zelândia, Islândia, Itália, Indonésia e até cidades como Amsterdã e Veneza já aplicam modelos semelhantes.

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