Marquinhos vive no PSG a reviravolta que precisa na seleção

Consolidado como líder e agora respaldado pelo título da Liga dos Campeões, Marquinhos vive no PSG algo que ainda tem como "dívida" na seleção.
No clube francês, foram anos explicando derrotas ou eliminações na Champions. E isso acabou no sábado, com a apoteótica goleada por 5 a 0 sobre a Inter de Milão, na final em Munique.
Olhando para a seleção, a missão é parecida. Sobretudo pelo fato de o zagueiro neste ciclo despontar como referência.
A geração sofre para jogar bem enquanto é renovada, mas tem na chegada de Carlo Ancelotti um novo sopro de esperança — apesar de faltar um ano para a Copa do Mundo.
No caso de Marquinhos, a questão é coletiva, mas também individual. Ele carrega nos ombros o pênalti perdido que sacramentou a eliminação diante da Croácia, no Qatar, em 2022.
Há vida sem Thiago Silva
Os últimos anos têm sido uma espécie de emancipação para Marquinhos. A presença de Thiago Silva como parceiro e tutor na zaga do PSG e da própria seleção foram importantes para ele amadurecer — sobretudo no segundo ciclo de Tite.
Marquinhos era o pupilo perfeito para o Monstro. Mas agora começa a construir capítulos nos quais ele é o líder da dupla. No time de Luis Enrique, o casamento é com o equatoriano Pacho e, por vezes, com Beraldo.
Na seleção, nada de Gabriel Magalhães na data Fifa atual. Ancelotti vai desenhar durante a semana como será a parceria. Quem sabe com Danilo, que é mais velho do que Marquinhos e que pode formar uma dupla mais tarimbada.
O momento atual de Marquinhos premia a decisão de abandonar um sonho antigo de jogar no Barcelona para engatar renovações de contrato com o PSG.
Não por acaso, virou pilar e capitão em uma fase do projeto que abriu mão dos medalhões Messi, Neymar e Mbappé.
Com a amarelinha, Marquinhos ganhou o ouro olímpico em 2016, no Rio, e a Copa América 2019, também em solo brasileiro.
A lembrança mais recente, no entanto, é a goleada por 4 a 1 sofrida diante da Argentina. Marquinhos teve Murillo e Léo Ortiz como parceiros de zaga — um em cada tempo. Coletivamente, o Brasil foi um desastre.
No ano que falta para a Copa do Mundo, a proposta é aproveitar o embalo do que alcançou lá fora para contagiar o grupo aqui. A começar pelo jogo de quinta-feira, contra o Equador, e do dia 10, contra o Paraguai.