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Fonseca muda chave, tem nova aventura e voltará à quadra onde Federer é rei

João Fonseca em ação contra Draper na 3ª rodada de Roland Garros - Julien de Rosa/AFP
João Fonseca em ação contra Draper na 3ª rodada de Roland Garros Imagem: Julien de Rosa/AFP
do UOL

Do UOL, em São Paulo

01/06/2025 05h30

João Fonseca encerrou a temporada do saibro europeu com a queda na terceira rodada em Roland Garros e agora prepara para a próxima superfície: a grama. Ele parte para uma "experiência nova" em piso no qual jogou poucas vezes e terá como primeiro palco o lugar onde Federer construiu um reinado.

Próxima parada: grama

Fonseca viveu uma montanha-russa nesta gira do saibro, mas terminou na "subida". Criado na terra, superfície do Rio Open, o brasileiro chegou à Europa com altas expectativas, mas teve começo tímido. Ele saiu na segunda rodada em Madri ao perder para Tommy Paul, número 12 do mundo, e depois foi eliminado precocemente no Challenger de Estoril e no Masters 1000 de Roma para rivais fora do top 60.

O carioca de 18 anos afastou a oscilação em Roland Garros, voltou a encantar e caiu para algoz do top 5. Vindo de três derrotas seguidas, Fonseca registrou sua melhor campanha em Grand Slam no segundo torneio de tal calibre que disputou na carreira. Ele ficou a um o de avançar às oitavas e quebrar um tabu de 15 anos entre tenistas homens brasileiros, mas o sonho foi adiado por Jack Draper, que já havia derrotado o brasileiro em Indian Wells.

João agora muda a chave para a grama, piso em que jogará na sequência e no qual só esteve em quatro ocasiões anteriores. Nesta superfície, o brasileiro disputou apenas seis partidas, em quatro competições, no ano ado. Ele não ou da segunda rodada em nenhuma, mas está empolgado com a "experiência nova".

Minha cabeça está muito boa. Obviamente um pouco abalado [pela derrota], mas feliz com a semana que eu tive. Acabou agora a gira do saibro e partiu para a grama. É uma experiência nova. Não vou dizer que eu gosto porque eu não joguei tantas vezes, mas eu acho legal jogar na grama, acho divertido. Então vai ser mais uma experiência maneira. Então é seguir, seguir trabalhando, seguir acreditando. E é isso, é seguir com essa pegada na grama.
João Fonseca

O primeiro compromisso será o ATP 500 da Halle, na Alemanha, onde Federer virou rei. O suíço, lenda do tênis, é o maior campeão do torneio, com dez títulos —mais da metade de suas conquistas na superfície. Ele levantou a taça no local pela primeira vez em 2003, ganhou quatro edições consecutivas e começou seu império. Foi lá também onde, em 2019, ele conquistou seu penúltimo troféu antes de se aposentar.

O evento começa em 16 de junho, e Fonseca está confirmado como um convidado (wild card). O brasileiro já disputou o torneio de Halle no ano ado, quando foi derrotado por Duckworth (#88) por duplo 6/4.

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