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Marta volta à seleção 'mais leve', mas segue protagonista e referência

Marta serve à seleção brasileira pela primeira vez desde a prata nas Olimpíadas de Paris - Lívia Villas Boas / CBF
Marta serve à seleção brasileira pela primeira vez desde a prata nas Olimpíadas de Paris Imagem: Lívia Villas Boas / CBF
do UOL

Do UOL, em São Paulo

30/05/2025 05h30

Foram pouco mais de nove meses entre a conquista da prata olímpica e a chance de vestir novamente a camisa da seleção brasileira. Marta está "mais leve" por dividir o protagonismo, porém, segue como pilar de um grupo que hoje encara o Japão, às 21h30 (de Brasília), na Neo Química Arena, em jogo amistoso.

O que aconteceu

Arthur Elias encontrou soluções no campo, mas a "aura" da camisa 10 ainda incentiva a seleção brasileira. Marta foi coadjuvante em campo na conquista da prata olímpica — muito pela expulsão contra a Espanha, que a tirou de dois jogos. Ela também foi ausência na vitória história do Brasil contra os Estados Unidos.

Estou sentindo algo mais leve. A gente tem atletas que se destacam em várias posições e também estamos dando voz para várias meninas. Não é só a Marta que dá entrevista, tem respostas, se destaca em campo. Esse tempo ficou para trás e isso mostra a evolução do nosso futebol.
Marta

As jogadoras, porém, não veem à seleção sem a veterana de 39 anos e tentam convencê-la a jogar a Copa do Mundo de 2027. Ontem, Marta desconversou sobre estar no próximo Mundial e relatou que está levando seu final de carreira "um dia de cada vez".

Já falei: ela [Marta] vai aposentar com uns 45 anos, por aí. Enquanto ela estiver bem, vou estar incentivando ela para poder continuar com a gente. E ela também precisa viver esse momento [de jogar a Copa do Mundo no Brasil]. Eu estou [tentando convencer a Marta a jogar a Copa]. Falo para ele todo dia: vai se aposentar com uns 60. Enquanto ela estiver correndo, estará aqui.
Tarciane, zagueira da seleção brasileira

A presença da camisa 10 nesta convocação, inclusive, foi tema em todos os treinamentos da seleção brasileira no CT Joaquim Grava. O nome de Marta — assim como seu retorno à seleção — foi citado em todas as coletivas de imprensa, e a atacante só recebeu elogios.

Marta - Lívia Villas Boas / CBF - Lívia Villas Boas / CBF
Marta, durante treino da seleção feminina no CT Joaquim Grava
Imagem: Lívia Villas Boas / CBF

Ter essa oportunidade de dividir vestiário com a Marta, não só na seleção, mas também no clube [Orlando Pride], é um privilégio. Você nunca imagina que vai estar dividindo o vestiário com seu ídolo. Me sinto muito privilegiada.
Angelina, meia da seleção brasileira

Não tem como ficar sem a Marta. Não vejo, agora, a seleção sem a Marta. A gente precisa dela, do drible, de tudo que ela já viveu.
Tarciane

A gente já sabe como é a Marta. Tendo uma jogadora como ela, humilde, que está sempre ajudando todo mundo, dando atenção, isso nos ajuda muito. A gente está muito feliz que ela está de volta.
Gio

Marta quer ajudar como atleta

Enquanto eu estiver em atividade e for chamada, eu vou querer ajudar como atleta. Obviamente que, pela minha experiência, por tantos anos de casa, eu vou dividir com as meninas sempre o melhor de mim e procurar ajudar elas nesse sentido também, mas o meu objetivo, enquanto eu estiver jogando, é ajudar como atleta.

Jogo contra o Japão

A seleção brasileira reencontra as japonesas após a derrota relâmpago pela primeira fase das Olimpíadas. O Brasil vencia até os 46 minutos do segundo tempo, mas sofreu dois gols em cinco minutos e amargou o revés.

O Japão é quinto colocado no ranking da Fifa — o Brasil é o oitavo — e se destacou na Copa de 2023. A seleção caiu nas quartas de final e viu Hinata Miyazawa ser a artilheira da competição.

A seleção reencontra as japonesas para um segundo amistoso na segunda-feira, às 20h, no Estádio Municipal Cícero de Souza Marques, em Bragança Paulista (SP). As partidas servem como preparação para a Copa América, disputada entre 12 de julho e 2 de agosto.

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